
Passo o carnaval no Rio
há quase 20 anos e sempre
amei criar minhas próprias
fantasias. Com o tempo,
elas foram ficando cada
vez mais elaboradas.
Depois de um hiato de
dois anos, quando voltei
a pular carnaval, essa
vontade surgiu novamente,
como se nunca tivesse
ido embora.



Como surgiu a ideia de criar sua marca de roupas de carnaval? O que te inspirou a seguir por esse caminho tão único?
A marca surgiu com a ideia de fazer acessórios em 2017. Em 2019 me juntei à minha melhor amiga, com quem sempre passei o carnaval juntas pra fazer umas peças despretensiosamente e foi um sucesso. Começamos a fazer roupas de miçanga, trabalhando uma estética que ninguém tava fazendo naquele momento e acabou virando um objeto de desejo. Nos anos seguintes continuamos criando com miçangas, metal, acrílico e outros materiais sempre procurando trazer novidades para nossas criações.
O que o carnaval significa para você? Como ele acaba influenciando o estilo e os designs das suas criações?
Eu passo o carnaval no Rio a quase 20 anos e sempre amei fazer minhas próprias fantasias e com o tempo elas foram ficando cada vez mais elaboradas. E depois de um hiato de dois anos, quando eu voltei a pular carnaval essa vontade veio naturalmente.
A gente sempre procura fazer um mix de peças mais fantasia com outros modelos que você pode usar o resto do ano numa festa por cima da roupa. Na verdade, eu uso quase todas as peças o ano inteiro.
Pela nossa extensa experiência com o carnaval também procuramos fazer peças que sejam resistentes, duráveis e respiráveis para você usar no bloco, no baile ou na sapucaí por vários anos seguidos.
Você percebe alguma mudança nas roupas de carnaval ao longo dos anos? Como vê as tendências de hoje nesse universo?
Com o passar dos anos as roupas de carnaval foram ficando mais elaboradas e também se passou a ter muito mais opções de marcas, estilos, materiais diferentes. E acho que as pessoas passaram a fazer menos as próprias fantasias e comprar mais peças prontas de acordo com o seu estilo pessoal. É um movimento legal, mas a gente gosta de quando usam as nossas peças para montar algo mais lúdico e não só um look.
Na sua visão, qual é a conexão entre carnaval e moda? Como essas duas coisas se misturam e se transformam na sua marca?
Acho que o carnaval é uma das maiores expressões de moda brasileira. Principalmente os desfiles das escolas de samba, que são uma grande inspiração para as peças que a gente cria.
Quais são os maiores desafios e as maiores alegrias de trabalhar com moda de carnaval? E o que você acha que sua marca traz de especial para quem vai curtir a folia?
Os maiores desafios da marca são conseguir mão de obra qualificada, conseguir atender a demanda de vendas e chegar no carnaval sem ter um burnout.
Mas também traz a oportunidade de experimentar com novos materiais, inventar novas técnicas e fazer muito trabalho manual que é o que a gente mais gosta de fazer.